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domingo, 15 de janeiro de 2012
O Movimento de Sérgio Abolição das corridas de touros
PARABÉNS PORTUGAL PELA SUA INICIATIVA.
Movimento pela abolição dos espectáculos das corridas de touros e pela dignificação da condição humana e animal.
As corridas de touros foram uma actividade lúdica comum a vários países europeus durante a idade média. A maioria desses países aboliu este tipo de espectáculos sangrentos por volta do século XVI por se tratarem de eventos cruéis e impróprios de nações civilizadas. Actualmente as touradas são proibidas em diversas nações europeias como a Dinamarca, Alemanha, Itália ou Inglaterra. Infelizmente estas práticas mantiveram-se em Espanha sendo daí exportadas para Portugal onde foram alvo de várias restrições e até proibidas em 1836. Por constituírem uma importante fonte de receita para a Casa Pia de Lisboa e para as Misericórdias, as touradas foram novamente autorizadas apenas para fins benéficos, mas acabaram por se transformar num evento comercial lucrativo para um pequeno grupo de empresários tauromáquicos, nunca perdendo a ligação às suas verdadeiras origens, evidenciada nos trajes, nas lides, no vocabulário e até na música que se ouve nas praças. As corridas de touros constituem nos dias de hoje um espectáculo anacrónico, violento e um mau exemplo, em particular para as crianças e jovens, em relação à compaixão e respeito que todos devemos evidenciar pelos animais. Não é aceitável que a nossa sociedade em 2012 continue a aplaudir o derramamento de sangue e o desprezo pela vida evidenciado pelos artistas nas arenas, assim como não é admissível que no panorama actual, vários milhões de euros das nossas finanças públicas, sejam canalizados para a criação de animais para entretenimento, construção de praças de touros, aquisição de bilhetes para touradas, subsídios, etc. O meu movimento pretende contribuir para o progresso civilizacional da nossa sociedade, para a sua pacificação e para a valorização de outras práticas festivas, lúdicas e pacíficas que acontecem no nosso país e que merecem ser valorizadas. Estou certo que as minhas ideias são, felizmente, partilhadas pela grande maioria dos cidadãos portugueses. Pelos homens, mulheres, crianças e em particular pelos animais peço que apoiem este movimento para que a nossa voz chegue ao Sr. Primeiro Ministro.
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MOVIMENTOS EM DEFESA DOS ANIMAIS
A polícia de São Paulo encontrou 33 cães e gatos mortos em frente a uma casa na Vila Mariana, zona sul da cidade, na madrugada desta sexta-feira
MAURICIO TONETTO
A morte de 33 cães e gatos na madrugada desta sexta-feira em São Paulo é um forte indício de uma suspeita, levantada há meses por ONGs que trabalham na defesa dos bichos, de que existe um comércio clandestino de sangue de animais no Brasil. As denúncias chegaram ao gabinete do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso, que explicou ao Terra que uma bolsa de sangue de um gato ou cachorro no mercado negro pode custar até R$ 300. Ele não acredita em outra hipótese para os cadáveres encontrados hoje em uma rua na Vila Mariana, zona sul da capital.
"Você não faz um ritual religioso com 30 animais, pois o volume é muito grande e não há necessidade. Sem sombra de dúvidas pode haver um comércio paralelo para o sangue dos bichos, pois uma bolsa, segundo as ONGs que trabalham conosco, custa até R$ 300. Elas seriam vendidas para veterinários, clínicas e hospitais, para depois serem usadas em transfusões e outros fins. O inquérito policial deve confirmar", afirmou Tripoli.
Ele disse que solicitou à Universidade de São Paulo (USP) o exame dos cadáveres dos cães e gatos e o inquérito. O deputado ressalta que algumas ONGs já o vinham alertando sobre a suspeita e inclusive contrataram detetives particulares. "As ONGs já tinham se reunido para fazer uma investigação paralela para tentar entender porque eram encontrados animais na rua, em sacos. A apreensão de hoje demonstrou que a quantidade era grande e que os animais basicamente não tinham sangue à mostra", salientou Tripoli.
Nesta madrugada, o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) de São Paulo deteve, após denúncias de maus tratos, Dalva Lina da Silva, 42 anos, suspeita de matar os animais. Ela foi localizada no bairro Vila Mariana e os animais estavam em sacos de lixo em frente à casa dela.
Na garagem da residência havia diversas gaiolas para transporte de animais. Na noite de quinta, ela foi vista jogando os bichos mortos no lixo. Segundo a PM, ela falou que sedava e sacrificava alguns animais porque eles sentiam dor. Segundo a polícia, a mulher foi liberada porque o caso é considerado de menor potencial ofensivo. Ela afirmou que recebeu os cães e gatos doentes e tentou tratá-los, mas como não obteve sucesso, aplicou anestésico para que cinco deles morressem sem dor.
Polícia não descarta comércio de sangue
O delegado Wilson Correia, do DPPC, não descartou a hipótese do tráfico de sangue. Porém, ele prefere aguardar pelos exames veterinários. "Queremos saber as causas das mortes. Ela disse que matou apenas cinco, em estado terminal, mas não explicou as outras. Vamos checar para ver se realmente procede esta denúncia".
"É um mercado que até então ninguém imaginava que existisse, um mercado negro, porque o que ocorre é que os animais foram encontrados sem sangue e uma boa parte de anestésicos foi achada na residência. São indícios claros", ressaltou o deputado Ricardo Tripoli.
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